De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), atual epidemia de tabagismo é a maior ameaça mundial enfrentada, matando cerca de seis milhões de indivíduos por ano. A OMS caracteriza o tabagismo como uma desordem mental e de comportamento em razão da síndrome de dependência à nicotina, principal substância psicoativa do tabaco, que induz a sensação de prazer e ao abuso.
Ainda de acordo com estimativas da OMS existem no mundo cerca de um bilhão de fumantes consumindo anualmente cerca de seis trilhões de cigarros. Caso se mantenham as atuais tendências da sua expansão, por volta do ano de 2030, ocorrerão cerca de 10 milhões de mortes devido ao tabaco, das quais 50% serão em indivíduos em idade produtiva.
No Brasil, o tabagismo ainda representa um grave problema de saúde pública. Um estudo realizado em 2011 pelo Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção de Saúde (DANT) da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde estudou a prevalência do tabagismo em 26 capitais brasileiras e Distrito Federal. A prevalência de tabagismo no Brasil variou de 6,3% (Salvador) a 18,2% (Porto Alegre) e em Florianópolis, (SC) correspondeu a 13,6% . 2 Segundo o estudo Respira Floripa, publicado em 2014, a prevalência de tabagismo em adultos com idade igual ou maior à 40 anos completos residentes na cidade de Florianópolis foi de 17,7 % e 29,5% deles apresentavam sintomas de depressão.
A associação entre fumar e a probabilidade de desenvolvimento doenças físicas, é do tipo efeito dose-resposta, ou seja, o risco está diretamente relacionado com a intensidade da exposição ao fumo do cigarro.
Pessoas que começaram a fumar no início da idade adulta, mas que pararam antes dos 40 anos de idade evitam mais do que 90% os riscos decorrentes do tabagismo. O óbito entre fumantes é três vezes maior do que em pessoas que nunca fumaram, levando a uma redução da vida média em cerca de 10 anos. No entanto, indivíduos que fumaram no início da vida adulta, mas que pararam aos 30, 40 ou 50 anos de idade ganham cerca de dez, nove e seis anos de expectativa de vida, respectivamente, quando comparado com os que continuaram a fumar.
O tabagismo pode desencadear cerca de cinquenta problemas de saúde, dentre os quais, destacam-se: infarto do miocárdio, enfisema pulmonar, derrame, câncer de pulmão, traqueia, laringe e brônquio; impotência sexual no homem, infertilidade da mulher, hipertensão e diabetes. Estima-se que 90% das pessoas que desenvolvem câncer de pulmão apresentem como fator responsável o fumo, sendo importante destacar que as chances de cura para essa doença são bastante baixas.
Ao parar de fumar, o risco de doenças diminui gradativamente e o organismo do ex-fumante se restabelece. Após 20 minutos do último cigarro, a pressão sanguínea diminui, as batidas cardíacas voltam ao normal e a pulsação cai. Após 8 horas sem cigarro, o nível de oxigênio no sangue pode chegar aos níveis de uma pessoa não-fumante. Após 24 horas, os pulmões já conseguem eliminar o muco e os resíduos da fumaça. Dois dias depois, é possível sentir melhor o cheiro e o gosto das coisas. O corpo já não possui nicotina e a transpiração deixa de cheirar a tabaco. Após duas semanas, melhora a circulação, tosse, congestão nasal, fadiga e falta de ar. Após um ano, o risco de doença cardíaca cai pela metade.
Após 5 anos, o risco de ter câncer de pulmão também reduz 50%. Após 15 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao de uma pessoa que nunca fumou. Cuide de sua saúde, procure uma equipe de saúde e impeça que o tabagismo faça estragos irreversíveis em sua vida. A equipe da UNO Clinica Integrativa apoia essa iniciativa, conte com a gente.